
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Caraguatatuba divulgou os resultados do primeiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, revelando uma situação preocupante. O Índice de Densidade Larvária (IDL) médio da cidade foi de 4,5, colocando o município em situação de risco, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde.
A região sul apresentou os números mais alarmantes, registrando um índice de infestação de 8,74, o que representa um elevado risco de epidemia. O levantamento, realizado periodicamente, tem como objetivo identificar os principais focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Principais focos e medidas preventivas
Os dados indicam que 81% dos criadouros encontrados são passíveis de remoção, como garrafas, pratos de planta e potes. Isso evidencia a importância da participação ativa dos moradores na eliminação desses locais de acúmulo de água.
O Governo Municipal reforça a necessidade de vistorias semanais nos imóveis para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Além disso, a Prefeitura orienta a população a denunciar imóveis abandonados ou fechados, como casas de veraneio, que possam servir como criadouros do mosquito. As denúncias podem ser feitas pela Central 156.
Casos registrados e riscos à saúde
Até o momento, a Secretaria de Saúde registrou 194 notificações de casos de dengue na cidade. Desses, 25 foram confirmados, 169 descartados e um óbito segue em investigação. Os sintomas da doença incluem febre alta, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça ou atrás dos olhos, além de náuseas e vômitos. Em casos mais graves, podem ocorrer complicações, como sangramentos e diminuição da urina.
Grupos vulneráveis, como pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças com menos de dois anos e idosos acima de 65 anos, devem buscar assistência médica imediata ao apresentar os primeiros sintomas. O atendimento rápido pode evitar complicações severas da doença.
Recomendações do Ministério da Saúde
Para conter a disseminação do mosquito e evitar novos casos, a população deve seguir algumas medidas preventivas:
- Manter caixas d"água e reservatórios devidamente tampados;
- Limpar calhas e lajes regularmente;
- Utilizar repelentes e roupas de mangas compridas;
- Instalar telas em janelas e portas;
- Evitar a automedicação;
- Procurar uma unidade de saúde ao surgirem os primeiros sintomas;
- Reforçar a hidratação e repouso;
- Buscar atendimento de urgência em caso de sintomas graves, como sangramentos.